quinta-feira, 6 de outubro de 2022

O Nobel de 2022

 


    Como de costume, acompanhei ansiosamente nesta manhã o anúncio do novo laureado com o Prêmio Nobel de Literatura. E a Academia Sueca, confirmando as principais previsões, concedeu a honraria à prosadora francesa Annie Ernaux “pela coragem e acuidade clínica com que ela descobre as raízes, distanciamentos e restrições coletivas da memória pessoal”. O último escritor da França a vencer o Nobel havia sido Patrick Modiano, em 2014.
    Devo confessar que sei pouco a seu respeito. Li dela apenas um pequeno livro, “O Lugar”, que trata da vida de seu próprio pai – um camponês normando que se tornou um pequeno comerciante e, se não chegou a enriquecer, conseguiu sustentar a família de forma digna, até enviando a filha à universidade – para minuciar relações familiares e de classe, formando uma mistura entre história pessoal e sociologia.
    Achei o prêmio justo, embora minha torcida fosse para algum escritor de nossa língua, como Mia Couto, ou para algum poeta – Adonis, Ko Un ou Charles Simic, principalmente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Safo de Lesbos: alguns fragmentos

Sappho Inspired by Love , de Angelica Kauffman (1775) Dos nove livros que Safo de Lesbos (630-570 a.C.) provavelmente compôs, apenas um poem...