Num telhado da Cidade Velha,
a roupa do varal ilumina-se à última luz do dia:
o lençol branco de uma mulher inimiga,
a toalha de um homem inimigo
para enxugar o suor do seu rosto.
No céu da Cidade Velha,
há uma pipa.
No fim da linha —
um menino,
que eu não vejo
por causa da muralha.
Hasteamos muitas bandeiras,
eles hastearam muitas bandeiras.
Para pensarmos que eles são felizes.
Para pensarem que nós somos felizes.
(Em Terra e paz: antologia poética.
Tradução de Moacir Amâncio. Pág. 21)
Nenhum comentário:
Postar um comentário